sábado, 1 de novembro de 2008

Carência de Ídolos

Amanhã (domingo), será decidido o campeonato de Fórmula 1 com o brasileiro Feipe Massa largando na frente. Depois de tantos anos enfim um brasileiro tem reais chances de ser campeão de uma das principais, senão a principal, categoria do automobilismo, desde Ayrton Senna. A expectativa que toma conta é ainda maior pelo fato do útlimo Grande Prêmio do ano ser disputado no Brasil. Impossível para mim não lembrar de Senna nesse momento, o último grande ídolo de qualquer esporte, na minha modesta opinião, desta nação.

É nesse ponto em que percebo uma grande carência de ídolos do esporte no Brasil. Até porque não temos tantos atletas que sejam competitivos internacionalmente. Basta ver nosso reultado pífio nos últimos Jogos Olímpicos. Em Pequim, terminamos na vigésima terceira posição.

O que aconteceu nas últimas Olimpíadas é apenas um reflexo da incopetência do Estado brasileiro em difundir e apoiar o esporte no Brasil. Sabemos que não há políticas públicas voltadas para o esporte. Nossas medalhas são méritos única e exclusivamente dos atletas, caso raro de apoio que obteve um resultado esperado, foi o vôlei que ganhou medalhas em quase todas as categorias disputadas. Além disso, temos de ressaltar que poucos estados do Brasil concentraram todas as medalhas ganhas em Pequim. Fábio Luiz da dupla de vôlei de praia Marcio e Fábio Luiz, por exemplo, conseguiu a façanha de trazer a única medalha do Espírito Santo sendo que ele mal treinava no estado.

Na atual conjuntura, é comum encontramos atletas sendo "paitrocinados". Mas esses tem sorte de terem pais que possam bancá-los. E os que não tem? O futuro dos que não tem é jogado ao acaso. Um futuro de milhões de jovens que não tem um esporte para praticar e auxiliar na sua formação como cidadão consciente.

Mas como todo bom braslieiro, ainda tenho esperanças. Vejo no meu cotidiano muitas crianças querendo seguir os passos, por exemplo, das ginastas brasileiras. A divulgação de outros esportes é importante para que crianças e jovens se sintam motivadas a praticá-los.

Embora seje bastante cético com gente como Carlos Arthur Nuzman, Ricardo Teixeira e toda essa cartolagem suja que está mais interessada em ganhos próprios do que na difusão do nosso esporte por todo o país, acredito na superação de gente como Maurren Maggi e Eduardo Santos (aquele judoca que antes das Olimpíadas havia participado de apenas 1 campeonato internacional, e mal conseguia falar tamanha decepção por perder a medalha de bronze).

Tenho esperanças que pessoas bem intencionadas consigam alcançar cargos que hoje estão ocupados por pessoas desonestas e hipócritas.

3 comentários:

Enzo Mayer Tessarolo disse...

Realmente, falta apoio e, por consegüinte, faltam ídolos no Brasil. De qualquer forma, nossos ídolos ainda existem, embora eles não sejam UMA pessoa e sim EQUIPEs - afinal, as seleções de futebol (campo,praia e futsal)e de vôley (a mesma coisa) ainda nos dão muito orgulho.

Não acreditei, hoje, quando vi o Hamilton ganahr o campeonato na última curva!!! tanta emoção, acho que ninguém esperava..

Bernardo R. Murillo disse...

Ola Enzo!

De fato como disse, o vôlei me parece uma exceção em relação a uma gestão que obteve um certo êxito que se transefriu para as quadras e arenas de praia.

Agora, fato é que, ainda assim não revelamos tanto talento como costumavamos revelar há alguns anos. Esse é o caso do futebol. O último grande jogador que revelamos foi há uns 8 ou 9 anos, no caso o Kaká, na minha opinião. Só discordo de você quando diz que nossa seleção de futebol nos da muito orgulho. Não neste momento até porque ultimamente essa seleção do Dunga nos faz passar vergonha.

Quanto a corrida de hoje, digo que foi o final de corrida e de campeonato mais emocionante que já vi na vida.

Enzo Mayer Tessarolo disse...

é, "orgulho" não era a palavra ideal. O que eu queria dizer é que ainda nos importamos muito com a seleção brasileira de futebol, apesar do momento atual... hehe