sábado, 20 de setembro de 2008

A Crise Americana em uma simples analogia

Olá,


Vou postar aqui, com algumas modificações, um texto muito legal que a Carla me enviou. Explica a crise americana (ou mundial?) em termos "simples".

Permitam-me oferecer um similar nacional à crise americana. É assim: o seu João tem um bar, na Vila Carrapato, e decide que vai vender cachaça 'na caderneta' aos seus leais fregueses, todos bêbados, quase todos desempregados. Por vender a crédito, ele aumenta um pouquinho o preço da dose da branquinha (a diferença é o sobrepreço que os pinguços pagam pelo crédito) e o gerente do banco do seu João, um ousado administrador formado em curso de emibiêi, decide que as cadernetas das dívidas do bar constituem, afinal, um ativo recebível, e começa a adiantar dinheiro ao estabelecimento tendo o "fiado" dos pinguços como garantia.

Uns seis Zécutivos de bancos, mais adiante, lastreiam os tais recebíveis e os transformam em CDB, CDO, CCD, UTI, OVNI, SOS, PQP ou qualquer outro acrônimo financeiro que ninguém sabe exatamente o que quer dizer.Esses adicionais instrumentos financeiros alavancam o mercado de capitais e conduzem a que se façam operações estruturadas de derivativos na BM&F, cujo lastro inicial todo mundo desconhece (mas que são as tais cadernetas do seu João).


Esses derivativos vão sendo negociados como se fossem títulos sérios com fortes garantias reais, nos mercados de 73 países, até que alguém descobre que os bebuns da Vila Carrapato não têm dinheiro para pagar as contas e o Bar do seu João vai à falência.

E toda a cadeia'sifu'.

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