domingo, 14 de setembro de 2008

Sem comparações, por favor!

O 11 de setembro ficou marcado não somente como o dia dos ataques às torres gêmeas nos Estados Unidos, como também o dia do golpe militar que derrubou Salvador Allende da presidência do Chile, e o início de uma das ditaduras mais sangrentas do continente americano.

A proximidade do período do ano e a instabilidade política nos deixam tentados a fazer comparações com a situação da Bolívia de hoje. Assim como Allende, Evo Morales chegou ao poder com propostas que afrontaram aos mais conservadores. O texto da nova Constituição prevê maior poder para os movimentos sociais e maior autonomia para as populações indígenas. Allende por sua vez fez reforma agrária desaprorpiando terras improdutivas e entregando-as aos camponeses e aumentou a intervenção aos bancos, para citar apenas algumas de suas ações.

Entretanto, temos de levar em consideração a conjuntura internacional da época do golpe chileno e da crise vivida pela Bolívia. A ascensão de Allende ao poder ( em 1970) com propostas socialistas afrontavam diretamente aos Estados Unidos e sua estratégia de manter a ordem capitalista em seu quintal diante do expansionimo da URSS ( que já afetara Cuba logo após a revolução de 59). O que se viu foi um apoio americano ao golpe que derrubou Allende.

Hoje, creio que não seja interessante para os Estados Unidos que haja conflitos na região, apesar da estupidez boliviana de expulsar o embaixador americano, e da reciprocidade americana. Radicalizar a retórica chavista do imperialismo do norte, sem contar a vinda da frota russa com finalidades de exercício militar na região do Caribe, acredito que não faça parte dos planos de Washington.

Um comentário:

Anônimo disse...

Parabens pela iniciativa mulecada... mto bom!