sábado, 13 de setembro de 2008

Ser ou não ser !? Eis a Questão.


Com as recentes descobertas de grandes reservas de petróleo em território brasileiro, tornando o Brasil um dos principais países com reservas de petróleo do mundo, as discussões a respeito do futuro da nação tem se acirrado, assim levada a um ponto interessante.

Em novembro de 2007 o presidente brasileiro Luís Ignácio Lula da Silva declarou o interesse do Brasil em torna-se membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Fato que voltou a ser cogitado com a presença do secretário-geral da Organização, o líbio Abdalla Salem el-Badri no Brasil acerca de um mês atrás, levando-nos a questionar se realmente é positiva essa "aliança" considerada pelo governo brasileiro.

Para começar, a organização conta hoje com 13 países membros, sendo que três não gozam de boas relações com os Estados Unidos, maior consumidor de petróleo do mundo e principal estado investidor na economia brasileira; Além de Iraque e Irã, a vizinha do Brasil, Venezuela, terceira maior exportadora para o mercado norte-americano e quinta maior produtora mundial, não é vista com bons olhos pelo governo de George W. Bush.

Vale ressaltar também que os países membros da organização gozam de uma instabilidade econômica constante, principalmente por ter o petróleo, comoditie com preço volátil, como principal produto de suas economias. Além disso, o cartel constituído pelos países membros é visto de forma negativa pelas demais nações do globo, o que influencia diretamente na imagem dos estados signatários do acordo que deu origem a organização perante os outros estados, imagem essa considerada negativa.

O Brasil possui um histórico diplomático de destaque, baseado principalmente em sua neutralidade, fato esse que pode se perder caso o país adentre a OPEP, pois neutralidade no sistema internacional não é uma característica presente nos países membros, e creio que esse “pré-requisito” seria cobrado ao Brasil.

Ao analisar a possível hipótese do Brasil torna-se membro, creio que os "contras" hoje possuem um peso maior em relação aos "prós", fato esse que não parece ser considerado pelo Itamaraty.
E vocês, caros leitores, o que pensam sobre essa hipótese?

2 comentários:

Bernardo R. Murillo disse...

Ola Thiago!

Creio que devemos considerar algumas vantagens em uma eventual entrada do Brasil na OPEP. Primeiro poder de barganha do Brasil em póder negociar o preço do barril.
Segundo, será que a própria imagem dessa organização não melhoraria tendo um país de características mais neutras como membro? Além de descentralizar um pouco mais as decisões da OPEP.

Só lembrando que a OPEP não é uma organização de caráter política e sim econômica. Portanto, o fato de um país ser políticamente controverso ou não, de maneira nehuma representa, teoricamente, um princípio básico para se entrar na OPEP, mas sim a quantidade que se produz petróleo no país. A polêmica em si está na negociação dos países membros em relãção ao preço do barril.

Ps: o certo é: Luiz Inácio Lula da Silva e não "Luís Ignácio Lula da Silva".

Frederico T. Carminati disse...

Bernardo acho que a imagem dessa organização não mudaria nem com a entrada do Brasil, e não haveria essa descentralização, pois mesmo quando o Brasil começar a produzir todo o petroleo que ele pode gerar ele ainda não terá uma produção grande o suficiente para descentrlizar as decisões.

P.S.: O certo seria retirar o Lula ali do nome dele também né não?????